Licença óbito 2023 na CLT: quem tem direito e quantos dias

licença óbito ou licença nojo
licença óbito ou licença nojo

A licença óbito, também conhecida como licença nojo, é um dos casos de interrupção do contrato de trabalho previsto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Antes de tudo, a interrupção do contrato de trabalho ocorre quando o empregado suspende a realização dos serviços. Entretanto, permanece recebendo normalmente sua remuneração.

Você sabe quem tem direito à licença nojo? Quantos dias de licença por morte? Se você não sabe muito sobre isso – não se preocupe, a nossa equipe preparou esse artigo especialmente para você. Este é o lugar certo!

O que é licença óbito?

A licença óbito, também conhecida como licença nojo, é um dos casos de interrupção do contrato de trabalho previsto na CLT. Desse modo, empregado suspende a realização dos serviços, mas permanece recebendo normalmente sua remuneração. Além disso, o período de afastamento é computado como tempo de serviço para todos os fins legais.

Primeiramente, a licença óbito representa o justo respeitos aos sentimentos do trabalhador. Além de ser um direito trabalhista de todos os empregados, a licença nojo também é direito humanitário de suma importância.

Isso ocorre pois o período de afastamento do trabalho permite ao trabalhador vivenciar luto sem preocupar com o trabalho e adotar as providências necessárias advindas da fatalidade.

Por que o nome de licença nojo?

O termo licença nojo é originário de Portugal. Na linguagem lusitana o termo licença nojo significa pesar, luto e profunda tristeza.

Quem tem direito à licença óbito?

Conforme o art. 473 da CLT, todos os empregados têm direito à licença óbito quando do falecimento do:

  • cônjuge
  • ascendente
  • descendente
  • irmão
  • pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho, viva sob sua dependência econômica

Desse modo, a licença nojo é reservada ao falecimentos das familiares mais próximos. Primeiramente, o cônjuge abrange também os companheiros que vivem em união estável.

Por sua vez, os ascendentes são os pais, avós e bisavós. Ainda, são descendentes os filhos, netos, bisnetos. A licença nojo também é reservada ao falecimento de pessoa que viva sob a dependência econômica do trabalhador,  como enteado.

Por fim, a CLT não estende a licença óbito aos casos de outros parentes, como tios, primos ou de amigo próximos. Porém, na impede que o empregador libere o trabalhador do serviço para o comparecimento a cerimônia fúnebre.

Quantos dias de licença óbito?

O empregado tem direito a 2 dias consecutivos de afastamento em razão da licença óbito, conforme art. 473, I, da CLT. Para o professor, o prazo é de 9 dias em caso de falecimento de cônjuge, pai, mãe ou filho, nos termos do art.  art. 320, § 3º, da CLT).

Para os demais familiares do professor, como avós, bisavós, netos, bisnetos, irmãos e pessoa que viva sob a dependência econômica do empregado, aplica-se o prazo de 2 dias concedido aos demais trabalhadores.

Quando a licença óbito começa a contar?

Esse prazo é contado a partir do dia posterior ao falecimento, independentemente de serem úteis ou não úteis.

Não há previsão legal acerca da falta no dia do falecimento, a qual normalmente é abonada pelo empregador, mas por mera liberalidade.

Por exemplo, no caso de empregado que perde a sua mãe em uma sexta-feira, os dois dias de licença nojo cairiam no sábado e no domingo. Logo, o trabalhador precisa retomar ao trabalho na segunda-feira.

Procedimento para requer a licença nojo

Primeiramente, a lei não exige que o trabalhador comunique imediatamente o falecimento do familiar para ter o direito ao afastamento. Não poderia ser diferente em razão do momento triste e delicado vivenciado pelo trabalhador.

Entretanto, recomenda-se que o empregado comunique, logo que tenha ciência da fatalidade, o seu empregador e afaste-se pelo período que tem direito.

Geralmente, as empresas exigem para comprovar e justificar o afastamento a certidão de óbito e um documento que confirme o parentesco. Esse documento pode ser a certidão de nascimento, a certidão de casamento, a certidão da união estável ou a certidão de adoção.

Por fim, esses documentos só precisam ser apresentados quando o empregador retornar as suas atividades laborais. Novamente, o empregado permanece recebendo normalmente sua remuneração e o período de afastamento é computado como tempo de serviço para todos os fins legais.

Enfim, que bom que você chegou até o final! Você tem alguma dúvida sobre o tema? Escreva aqui nos comentários que nós te ajudaremos.

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Graduado em Direito e Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito Tributário, Direito Administrativo, Direito Constitucional e Direito Processual Civil.