Analista Judiciário: o que faz e quanto ganha?

Analista Judiciário
Analista Judiciário

Se você está lendo um conteúdo sobre Analista Judiciário, muito provavelmente pretender iniciar os estudos para ingressar nessa carreira pública. Acertei?

Com o objetivo de explicar os principais pontos sobre o cargo de Analista Judiciário, a nossa equipe preparou esse guia completo e atual 2023 sobre o tema. Ficou interessado? Mantenha o foco e preste muita atenção!

O que faz um Analista Judiciário?

O Analista Judiciário é o profissional responsável por desempenhar no âmbito do Poder Judiciário as atividades de planejamento, organização, coordenação, supervisão técnica, assessoramento, estudo, pesquisa, elaboração de laudos, pareceres ou informações e execução de tarefas de elevado grau de complexidade. Essa é definição prevista na Lei 11.416/2006, a qual dispõe sobre as Carreiras dos Servidores do Poder Judiciário da União.

Primeiramente, conforme a Portaria 360/2013 do Conselho Nacional de Justiça, o cargo de Analista Judiciário possui as seguintes especialidades:

  • Área Judiciária
  • Área Judiciária – Especialidade Oficial de Justiça Avaliador Federal
  • Área Administrativa
  • Área Administrativa – Especialidade Contabilidade
  • Área Administrativa – Especialidade Pedagogia
  • Área Apoio Especializado – Analista de Sistemas
  • Área Apoio Especializado – Arquitetura
  • Área Apoio Especializado – Arquivologia
  • Área Apoio Especializado – Biblioteconomia
  • Área Apoio Especializado – Ciências Sociais
  • Área Apoio Especializado – Engenharia Civil
  • Área Apoio Especializado – Psicologia

Analista Judiciário – Área Judiciária

O Analista Judiciário – Área Judiciária  desempenha as seguintes atividades de natureza técnica:

  • executar atividades de análise de processo;
  • elaborar pareceres, atos administrativos, informações, relatórios e outros documentos de informação técnico-jurídica;
  • elaborar, executar, gerenciar e fiscalizar projetos de interesse do Poder Judiciário;
  • acompanhar e atuar no assessoramento dos trabalhos de inspeção, mutirão e correição organizados pelos órgãos do Poder Judiciário;
  • acompanhar e secretariar audiências e reuniões diversas relacionadas às competências dos órgãos do Poder Judiciário;
  • orientar e difundir conhecimentos relacionados à área de atuação perante os demais órgãos do Poder Judiciário;
  • assessorar no processo de elaboração de normas de caráter geral e abstrato, aplicáveis aos órgãos do Poder Judiciário;
  • auxiliar na elaboração e aferição das metas relativas ao planejamento estratégico dos órgãos do Poder Judiciário;
  • elaborar e promover pesquisas e estudos acerca de matérias concernentes ao Poder Judiciário;
  • receber e analisar petições, processos e outros documentos;
  • classificar e autuar processos;
  • realizar o processamento de feitos, com base na legislação pertinente e em normas técnicas;
  • controlar a tramitação de processos e documentos;
  • conferir atos e andamentos processuais;
  • encaminhar autos para publicação;
  • providenciar o cumprimento de decisões e despachos.

Quem pode ser Analista Judiciário?

Primeiramente, para ser um Analista Judiciário é preciso ser aprovado em concurso público, possuir curso de ensino superior, fornecido por Instituição de Ensino Superior reconhecida pelo Ministério da Educação, inclusive licenciatura plena, correlacionado com a especialidade. Além disso, em alguns casos exige-se registro no respectivo Órgão de Classe.

Desse modo, o cargo de Analista Judiciário – Área Administrativa exige diploma de curso superior, em qualquer área de formação, inclusive Licenciatura Plena, devidamente registrado, fornecido por Instituição de Ensino Superior reconhecida pelo Ministério da Educação.

Aliás, o cargo de Analista Judiciário – Área Administrativa – Especialidade Contabilidade exige Diploma de Graduação em Contabilidade, devidamente registrado, reconhecido pelo Ministério da Educação, e registro no respectivo Órgão de Classe.

Por fim, para a investidura no cargo são exigidos os seguintes requisitos:

  • ser brasileiro nato ou naturalizado ou português em condição de igualdade de direitos com os brasileiros, na forma do artigo 12, § 1º, da Constituição Federal;
  • ter idade mínima de 18 (dezoito) anos;
  • gozar dos direitos políticos;
  • estar em dia com as obrigações eleitorais;
  • estar em dia com os deveres do Serviço Militar, para os candidatos do sexo masculino;
  • apresentar certidões de antecedentes criminais da Justiça Federal, Eleitoral, Militar (estadual e federal) e a Justiça Estadual;
  • não estar incompatibilizado para nova investidura em cargo público federal, nos termos dispostos no artigo 137 da Lei  8.112/1990;
  • ter aptidão física e mental para o exercício das atribuições do Cargo/Área/Especialidade, conforme artigo 14, parágrafo único, da Lei  8.112/1990.

Quanto ganha um Analista do Judiciário?

Atualmente (2022), o salário inicial de um Analista Judiciário é de R$ 12.455,30, composto de vencimento básico e Gratificação Judiciária (GAJ). Já a remuneração final é de 18.701,52. Esses valores estão sujeitos acréscimo de parcelas variáveis e benefícios, na forma especificada em regulamentação específica.

Por fim, o Projeto de Lei 2441/22, do Supremo Tribunal Federal (STF) prevê reajuste de 18% para os servidores de carreira do Poder Judiciário da União e encontra-se na Câmara dos Deputados para apreciação.

Onde trabalha um Analista Judiciário?

O Analista Judiciário pode trabalhar em qualquer órgão do Poder Judiciário, desde Juízos e Varas de primeiro grau, Seções Judiciárias, Tribunais Regionais, Tribunais Superiores, Supremo Tribunal Federal e Conselho Nacional de Justiça.

Por oportuno, conforme o art. 92 da Constituição Federal são órgãos do Poder Judiciário:

  • o Supremo Tribunal Federal
  • o Conselho Nacional de Justiça        
  • o Superior Tribunal de Justiça
  • o Tribunal Superior do Trabalho;                
  • os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
  • os Tribunais e Juízes do Trabalho;
  • os Tribunais e Juízes Eleitorais;
  • os Tribunais e Juízes Militares;
  • os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.

Por fim, o Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal.

Quantas horas trabalha o Analista Judiciário?

O Analista Judiciário trabalha 8 horas diárias e 40 horas semanais, salvo se houver legislação local ou especial disciplinando a matéria de modo diverso, facultada a fixação de 7 horas ininterruptas e 35 horas semanais

Qual a diferença entre técnico e analista judiciário?

A diferença entre técnico e analista judiciário reside basicamente no requisitos de escolaridade para ingresso no cargo público.

Primeiramente, o cargo de Analista Judiciário requer curso de ensino superior, fornecido por Instituição de Ensino Superior reconhecida pelo Ministério da Educação, inclusive licenciatura plena, correlacionado com a especialidade.

Por outro lado, o cargo de Técnico Judiciário exige apenas curso de ensino médio, ou curso técnico equivalente, correlacionado com a especialidade, se for o caso.

Além disso, as atribuições dos cargos são diferentes. Conforme dito, o Analista Judiciário é desempenha atividades de planejamento, organização, coordenação, supervisão técnica, assessoramento, estudo, pesquisa, elaboração de laudos, pareceres ou informações e execução de tarefas de elevado grau de complexidade. Já o Técnico Judiciário executa  tarefas de suporte técnico e administrativo.

Quem ganha mais técnico ou analista?

Primeiramente, o cargo de Analista Judiciário possui remuneração superior ao de Técnico Judiciário. A diferença fundamenta-se nos requisitos de escolaridade e nas atribuições.

Hoje (2022), o salário inicial de um Analista Judiciário é de R$ 12.455,30, composto de vencimento básico e Gratificação Judiciária (GAJ). Já a remuneração final é de 18.701,52.

Por outro lado, o salário inicial de um Técnico Judiciário é de R$ R$ 7.591,37, composto de vencimento básico e Gratificação Judiciária (GAJ). Já a remuneração final é de 11.398,39.

Por fim, em ambos os casos, os valores estão sujeitos acréscimo de parcelas variáveis e benefícios, na forma especificada em regulamentação específica.

Enfim, que bom que você chegou até o final! Esperamos ter ajudado você a esclarecer as dúvidas acerca do cargo de Analista Judiciário.

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Graduado em Direito e Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito Tributário, Direito Administrativo, Direito Constitucional e Direito Processual Civil.