Purgação da mora: o que é, prazo e consequências 2023

purgação da mora
purgação da mora

Se você está enfrentando atrasos no pagamento de alguma obrigação contratual, provavelmente já ouviu falar da purgação da mora.

Mas afinal, o que é isso? E como ela pode te ajudar a regularizar sua situação?

Neste artigo, vamos explicar tudo sobre a purgação da mora: seu significado, prazo e consequências.

Ao purgar a mora, você pode evitar a aplicação de penalidades, como juros e multas, além de proteger sua imagem junto aos credores.

No entanto, é importante saber como fazer isso dentro do prazo estabelecido, para evitar problemas futuros.

Com este guia completo sobre a purgação da mora, você terá todas as informações necessárias para regularizar sua situação e evitar problemas financeiros. Acompanhe!

O que é purgação da mora?

Purga da mora é o ato de regularização de uma dívida que se encontra em atraso.

Ela é uma possibilidade legal que permite ao devedor realizar o pagamento da dívida vencida e, assim, evitar a cobrança judicial ou a perda de direitos sobre o bem em questão.

A purgação da mora está prevista em lei e pode ser realizada em diversas situações, como em contratos de aluguel, financiamentos imobiliários, dívidas condominiais, entre outros.

Ao efetuar a purgação, o devedor deve quitar toda a dívida vencida, incluindo juros, multas e outros encargos previstos em contrato.

Caso a purgação seja realizada dentro do prazo estabelecido em lei, o devedor pode manter o direito sobre o bem em questão e evitar possíveis sanções judiciais.

Porém, se o pagamento não for realizado dentro do prazo, o credor pode tomar medidas judiciais para reaver o valor da dívida e o bem em questão.

O que é mora?

A mora é a situação em que uma obrigação não é cumprida no tempo, lugar e forma acordada no contrato ou estabelecida em lei.

Isso significa que quando uma pessoa se nega ou não cumpre uma obrigação, ela passa a estar em mora.

A mora pode ser do devedor ou do credor, mas neste caso estamos falando apenas da mora do devedor.

Um exemplo comum é o atraso no pagamento de prestações de financiamentos, como de um carro ou imóvel.

Quando isso ocorre, o devedor passa a estar em mora e pode sofrer as consequências previstas em contrato ou em lei.

Por isso, é importante que as partes envolvidas em uma relação contratual estejam cientes das obrigações e prazos estabelecidos. Tudo isso para evitar a mora e suas possíveis consequências.

Caso ocorra a mora, é possível buscar a sua regularização por meio da purgação da mora, que consiste em pagar o valor em atraso e as demais despesas previstas em contrato ou em lei.

Tipos de mora

Mora ex persona

A mora ex persona acontece quando o devedor é pessoalmente responsável pelo atraso no pagamento da dívida.

Isso ocorre, por exemplo, quando o devedor é responsável pelo pagamento de uma dívida e atrasa o pagamento.

Mora ex re

Já a mora ex re é uma mora objetiva, ou seja, é causada pelo próprio objeto da dívida.

Isso acontece quando, por exemplo, a obrigação de pagamento de uma dívida é vinculada a uma condição, como a entrega de um produto ou a realização de um serviço.

Nesse caso, a mora ex re é causada pelo não cumprimento da condição, mesmo que o devedor não tenha agido de má-fé ou tenha realizado todos os esforços para cumprir a obrigação.

Mora credora

A mora credora, por sua vez, ocorre quando o credor impede o cumprimento da obrigação pelo devedor, seja por meios ilícitos ou por má-fé.

Mora devedora

A mora devedora ocorre quando o devedor atrasa o cumprimento de uma obrigação. Ou seja, quando ele não paga a dívida ou não realiza a obrigação na data prevista em contrato.

Qual é o prazo para purgação da mora?

O prazo para a purgação da mora é determinado por lei ou pelo contrato firmado entre as partes.

Normalmente, o prazo para a purgação da mora varia de acordo com o tipo de obrigação e o contrato estabelecido.

Por exemplo, em contratos de locação de imóveis, o prazo para a purgação da mora é de 15 dias após a notificação do devedor.

Já em contratos de financiamento de veículos, o prazo pode variar de acordo com o que foi estabelecido em contrato.

Caso o devedor não purgue a mora no prazo determinado, poderão ser aplicadas as penalidades previstas em contrato ou em lei, tais como a rescisão do contrato, a cobrança de multas e juros, e até mesmo a execução judicial da dívida.

É importante ressaltar que a purgação da mora só é válida se realizada dentro do prazo estipulado.

Por isso, é fundamental que as partes envolvidas estejam atentas às suas obrigações e aos prazos estabelecidos no contrato para evitar problemas futuros.

Qual o prazo para purgar a mora na busca e apreensão?

O prazo para purgar a mora na busca e apreensão de bens é de 5 dias, após a execução da liminar.

Esse prazo está previsto no artigo 3º, § 2º, do Decreto-Lei 911/69, que regulamenta a busca e apreensão de bens dados em garantia de alienação fiduciária, como é o caso de veículos e imóveis financiados.

É importante ressaltar que a purgação da mora deve ser feita de forma integral, ou seja, o devedor deve quitar todas as parcelas em atraso, incluindo as que venceriam até o prazo de purgação da mora.

Além disso, é preciso pagar as despesas processuais e honorários advocatícios, se houver.

Caso o devedor não purgue a mora no prazo estipulado, o credor pode pedir a busca e apreensão do bem em questão, que será levado a leilão para pagamento da dívida.

O que pode acontecer se você não purgar a mora?

Se o devedor não purgar a mora, isto é, não realizar o pagamento ou cumprir com a obrigação em atraso no prazo estipulado, podem ocorrer diversas consequências, que variam de acordo com o contrato estabelecido e as leis aplicáveis.

Algumas das possíveis consequências incluem:

  • Cobrança de multas e juros: O não cumprimento da obrigação no prazo pode gerar a aplicação de multas e juros, conforme previsto no contrato ou na legislação vigente.
  • Rescisão contratual: O descumprimento da obrigação no prazo estipulado pode levar à rescisão do contrato, com a possibilidade de perda de eventuais valores pagos até então.
  • Protesto do débito: O credor pode protestar o débito em cartório, o que pode gerar restrições ao devedor, como a inclusão do seu nome nos órgãos de proteção ao crédito.
  • Ações judiciais: Caso o devedor não regularize a situação, o credor poderá ingressar com ações judiciais para cobrar o valor devido, incluindo execuções de dívida e ações de despejo (no caso de contratos de locação de imóveis).

Por isso, é fundamental que as partes estejam atentas às suas obrigações contratuais e as cumpram nos prazos estipulados, evitando prejuízos financeiros e jurídicos.

Como se dá a purgação da mora?

A purgação da mora pode ser feita de diferentes formas, dependendo das condições estabelecidas no contrato e da negociação entre as partes envolvidas.

Em geral, ela ocorre por meio do pagamento integral da dívida em atraso, acrescida de juros, multas e demais encargos previstos no contrato ou na legislação.

Além disso, também é possível que a purgação da mora seja realizada por meio da renegociação da dívida, como a criação de um novo plano de pagamento ou o seu parcelamento.

Nesses casos, é necessário que as novas condições sejam acordadas entre o devedor e o credor e formalizadas por meio de um aditivo contratual.

Vale ressaltar que o prazo para purgação da mora deve ser respeitado. Caso o devedor não consiga cumprir com as suas obrigações dentro desse período, podem ser tomadas medidas judiciais ou extrajudiciais para reaver o valor devido.

Por isso, é fundamental que o devedor esteja atento aos prazos estabelecidos e tome as medidas necessárias para evitar o agravamento da situação.

Conclusão

Em resumo, a purgação da mora é um procedimento legal que permite ao devedor regularizar uma dívida em atraso para evitar a perda do bem em questão.

O prazo para purgar a mora pode variar de acordo com o tipo de obrigação e as leis que regem cada situação.

É importante que o devedor esteja ciente das consequências caso não realize a purgação da mora. Ele pode perder o bem objeto da dívida e ainda arcar com custas processuais e danos morais.

Portanto, é fundamental buscar ajuda especializada e se planejar financeiramente para quitar a dívida.

Enfim, que bom que você chegou até o final! Você tem alguma dúvida sobre o tema? Escreva aqui nos comentários que nós te ajudaremos.

Se puder, compartilhe o artigo para que mais pessoas tenham acesso à informação. Para mais conteúdo como esse continue acessando o nosso blog.

Graduado em Direito e Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito Tributário, Direito Administrativo, Direito Constitucional e Direito Processual Civil.